quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Hobbit - Uma jornada inesperada


Um dos filmes mais esperados do ano e também um dos mais controversos. Uma espera de quase dez anos, um orçamento enorme e a polêmica de transformar UM LIVRO numa trilogia cinematográfica.
 Sei que esse texto está saindo atrasado(pois o filme estreou no dia 14), mas dessa vez decidi assistir o filme primeiro para depois escrever algo referente.
 Primeiro, uma pequena resenha deste primeiro filme: Bilbo Bolseiro, um jovem hobbit e habitante do Condado foi certa vez surpreendido com a visita do mago Gandalf, que o convence a sair em uma jornada junto a treze anões que vão em busca da terra de Erebor para poder conseguir novamente todo o ouro roubado e reconquistar o antigo lar, para tal ato teriam que enfrentar  o dragão Smaug que se apossou da Montanha Solitária. 
 Agora, partindo para as críticas pessoais. Como todo bom fã de Tolkien e de sua obra e eu realmente esperei muito tempo por esse filme e acabei por criar grandes expectativas, confesso que estas foram atendidas, porém como já era de se esperar houve muita enrolação, mas acho que não há nada que possa trazer algo de negativo para os fãs, houve muitas lutas com orcs, belos efeitos especiais, aparição de personagens que não aparecem originalmente nessa história e até agora algumas modificações no roteiro.Sinceramente não sei o que esperar dos próximos filmes, uma vez que é desnecessário uma trilogia. Um filme longo ou no máximo dois filmes de média duração seriam o bastante para essa história, mas infelizmente como cinema não é somente uma arte, mas agora também é um negócio que dá dinheiro é 
"necessário" mais do que isso.


 O Hobbit é originalmente um livro de J.R.R.Tolkien, publicado em 1937, prelúdio da obra O Senhor dos Anéis. Tornou-se popular e aclamado pela crítica ainda na mesma época. Seu autor até hoje é considerado um dos maiores nomes da literatura mundial e um dos percussores do gênero de literatura fantástica ao lado de C.S.Lewis(autor das Crônicas de Nárnia).
 O filme tem a direção de Peter Jackson(o mesmo da triologia O Senhor dos Anéis). No elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Cate Blanchett, Christopher Lee,Hugo Weaving, Andy Serkis entre outros. O segundo filme: O Hobbit - A Desolação de Smaug e o terceiro: O Hobbit - Lá e de volta outra vez têm previsão de estreia para 2013 e 2014, respectivamente.  

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Fanfic - "Uma conversa com Komui Lee" (D.Gray Man - Miranda Lotto)

 ATENÇÃO: O mangá/anime D.Gray Man e seus personagens foram criados por Katsura Hoshino, eu apenas peguei-os emprestados para essa fanfic, também aviso que durante a história pode haver alguns spoilers sobre a história original.


Supervisor Komui Lee
 Seus passos cessaram, encarou a porta da sala do supervisor Komui durante alguns instantes, quando tomou coragem e batera na porta, escutou um estrondo vindo de dentro da sala. Assustada, pensou em correr, mas foi obrigada a se conter, pois a porta abrira e a figura de Komui aparecera.
 - Miranda-san! Estava esperando-lhe, entre, por favor.
 A exorcista entrou olhando ao seu redor e ao canto da sala viu um robô de porte médio caído no chão, o mais estranho era que o robô usava uma boina idêntica a do supervisor.
 - Este é Komurin II, mas infelizmente ele quebrou já faz algum tempo e até agora eu não consegui consertar o seu maquinário. - disse Komui, aproximando-se da máquina com um controle remoto na mão e apertando um botão vermelho repetidamente. - Acho que terei de construir outro quando tiver tempo. Mas, isso não importa agora. - continuou ele, indo em direção a sua mesa do outro lado da sala, indicou o sofá ao centro para Miranda, ela sentou sem tirar os olhos do interlocutor.
  Ele pegou alguns papéis em sua mesa, enquanto relia as informações pela décima vez naquele dia, a sua face que antes tinha um sorriso amarelo por causa do Komurin II, naquele momento ganhara um tom mais sério e austero.
Komurin II em funcionamento
 - Eu não tenho boas notícias, Miranda. Os exorcistas Suman Dark e Allen Walker tiveram suas Inocências destruídas e estão mortos.
 Miranda não conseguiu conter um gemido enquanto colocava as mãos sobre o coração. Ele permaneceu sério, como se já esperasse por essa reação.
 - A busca não pode parar. O general Marian Cross tem que ser encontrado a qualquer custo, mesmo quando o seu discípulo já não possa fazer o mesmo. A sua missão é auxiliar os demais exorcistas para que possam realizar uma viagem segura da China para Edo, no Japão. Tal tarefa só pode ser realizada por sua inocência, pois todos os envolvidos estão machucados e a embarcação sofreu sérios danos e não há tempo para recuperações ou reparos. O sucesso dessa missão depende de você, Miranda Lotto.
 A última frase ressoou por várias vezes na cabeça da exorcista, sempre se achara inútil, mas agora ouvira de outra pessoa que existia quem precisasse de verdade da sua ajuda. Por dentro, entrou em desespero. "Ah, eu não posso ir, não vou conseguir! Se algo der errado, a culpa será minha! Não posso, não posso." Mas, no meio de todas as reflexões, surgiu a voz de Allen dizendo-lhe apenas um obrigado e o seu nome. Ele tivera sido a primeira pessoa que agradeceu-lhe por algo que tenha feito em todo a sua vida, tal situação ocorrera quando descobrira ser compatível com a sua Inocência, porém agora ele estava morto, morrera tentando salvar Suman Dark, exorcista que nem ele próprio conhecia. Pensou também em Lenalee, não podia desampará-los, nem a eles nem a Ordem Negra. Faria o possível e o impossível, daria a sua vida por aquilo que acreditava, assim como Allen.
Lenalee Lee e Allen Walker
 A voz de Komui a fez voltar para a realidade.
 - Por último, quero que leve esses novos uniformes para os demais exorcistas. Fui eu mesmo que projetei, são mais leves e resistentes, assim como o seu. -  falou, fechando uma mala sobre a sua mesa.
 Miranda assentiu levemente com a cabeça, demonstrando uma confiança que ela própria desconhecia.
 Quando retirava-se e já fechava a porta, o supervisor exclamou meio atrapalhado:
 - Ah! Por favor, não perca o finder de vista novamente. - ela sentiu-se vermelha, lembrou-se que se perdera duas vezes antes de chegar ao quartel general, antes que a sua confiança acabasse, Komui terminou de dizer, agora mais sério. - Eu e a Ordem Negra confiamos em você, Miranda-san.

sábado, 17 de novembro de 2012

Fanfic - "Antes da 1° missão" (D.Gray Man - Miranda Lotto)


Começando as novidades no blog com uma série de postagens de fanfics de minha autoria, a primeira "Antes da Primeira Missão" baseado em um dos meus animes/ mangás preferidos: D.Gray Man.

Miranda Lotto era uma exorcista alemã de vinte e seis anos, a sua arma anti-akuma era do tipo equipamento, o Time Record. Sua inocência quando ativada podia controlar o tempo-espaço, ou seja, parar ou reverter o tempo infinitamente, porém quando desativada o tempo voltava ao normal, sendo assim era impossível ressuscitar os mortos, o que lhe deixava muito triste.
Miranda Lotto

ATENÇÃO: O mangá/anime D.Gray Man e seus personagens foram criados por Katsura Hoshino, eu apenas peguei-os emprestados para essa fanfic, também aviso que durante a história pode haver alguns spoilers sobre a história original.

  Miranda abriu os olhos, a sua frente viu o seu uniforme de exorcista pendurado num cabide na maçaneta do guarda-roupa. Estava sentada na cama com as costas encostas na parede. Não sabia se era medo ou ansiedade o que estava sentindo, talvez os dois misturados, a sua primeira missão não tinha data prevista, mas não demoraria a acontecer, já era a terceira noite em que não conseguia dormir. Allen e Lenalee estavam em uma missão em busca do General Marian Cross e pelo o que o supervisor Komui contou-lhe outro exorcista, Suman Dark, havia se tornado um caído. Mal tinha acreditado que uma Inocência pudesse fazer algo de mal ao seu escolhido, porém lembrou-se de que acreditava que a sua Inocência havia lhe testado na sua cidade natal, olhou para as suas mãos sem as luvas que geralmente usava, e nas costas delas duas cicatrizes provocadas por estacas que a obrigaram a ficar presa ao seu próprio relógio. Pensar nele fazia-lhe ficar triste, pois este tivera que ser quebrado para ser retirada a Inocência. Olhou para seu lado, onde estava um disco preto, o Time Record, agora era tudo o que restava de seu adorado relógio. Antes de descobrir ser compatível, sempre se achara inútil, mas agora sabia que tinha pelo o que viver e que era sim útil. Nas poucas semanas em que estivera no quartel General da Ordem Negra aprendera a controlar sua arma anti-akuma, por mais que ainda tivesse muito pelo o que aprender e que também tivesse medo de falhar em sua primeira missão. Pela primeira vez desde que chegara ao quartel sentiu-se sozinha e angustiada.
  Todos os outros exorcistas estavam em missões, em busca de seus generais, mas Miranda não era subordinada de nenhum general ainda. Não sabia lutar, ou melhor, não sabia nem proteger a si mesma, como poderia ser uma exorcista? O supervisor Komui, dissera-lhe que como sua Inocência não tinha nenhum poder ofensivo, ela agiria somente como suporte para outros exorcistas, ela iria proteger os outros. Os generais, naquele momento eram os principais ameaçados do Conde do Milênio, que queria a todo custo encontrar o “Coração”, a Inocência principal, que caso fosse destruída acabaria por destruir todas as demais, o que garantiria a vitória do Conde e do Clã Noah, esse pensamento assustou-lhe, lembrou-se de Road que era cruel e sádica, a criança Noah que conhecera no mesmo dia que descobrira ser compatível com sua Inocência. E no meio de toda essa busca, além de Suman Dark, o General Kevin Yeegar e outros seis exorcistas morreram. Colocou as mãos fechadas sobre o peito como fazia de costume, como se tal ato pudesse proteger-lhe de algo que pudesse fazer-lhe mal, quando deu por si estava tremendo e soluçava baixo, por impulso colocou a mão direita sobre o Time Record, não podia acreditar que poderia ser destruído e ela também poderia ser destruída. “Afinal, o que estou fazendo aqui? Não, a minha vida agora se resume a isso, finalmente sou uma exorcista.”
Time Record
  Uma voz lhe fez voltar a realidade e dissipar seus devaneios, era a voz de Reever que ressoava através de um golem preto em que não havia percebido sua entrada no quarto, a voz dizia que Komui queria que Miranda fosse a sua sala para dizer os detalhes de sua primeira missão que começaria em poucos instantes, a missão era emergencial e não podia ser de forma alguma adiada. Seu coração disparou e ameaçava sair pela boca, entrou em pânico, tinha que ser mentira, era tudo um sonho, ela não estava no quartel General da Ordem Negra, não era uma exorcista, era tudo fruto da sua imaginação. Fechou os olhos fortemente e colocou as mãos na cabeça.” Isso tudo não existe, está tudo apenas na minha cabeça, tem que ser.” A voz de Reever ressoou novamente. “Miranda-san, está me ouvindo? Komui está chamando-lhe para a sala dele, é sobre sua primeira missão e ele pediu para que você se apressasse porque o nosso tempo é curto.” Ela tomou coragem, abriu os olhos e abaixou as mãos, olhou para o golem que a encarava e disse pausadamente: “Eu já estou indo, Líder Reever.” O golem saiu voando. Vestiu o seu uniforme de exorcista, colocou um par de luvas para esconder as cicatrizes e encaixou o Time Record no braço direito, estava pronta. Tomou caminho para a sala do Komui por mais que andasse devagar e tremendo. Era sua primeira missão não podia falhar, era tudo ou nada e preferia que fosse tudo.

domingo, 23 de setembro de 2012

Surpresas...

Depois de muito tempo sem postar nada (desde março!), volto para avisar que irei reformular o blog, trazendo temáticas mais abrangentes e não só voltados para a literatura.
 Aguarde...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Um pouco de poesia - Especial

Hoje é o dia nacional da poesia! Para não passar em branco, escolhi algumas poesias que retratam os próprios poetas ou o ato de "poetar". Além disso hoje é aniversário de Castro Alves, o "poeta dos escravos". Confesso que não foi fácil escolher apenas três poesias para essa postagem, sendo que havia tantas a escolher, por exemplo Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana abordaram muito em suas obras o próprio ato de escrever, porém como já abordei sobre Drummond de Andrade (e depois em uma futura postagem irei escrever mais detalhadamente sobre ele) resolvi optar por Quintana, Florbela Espanca (que depois também terão um momento só deles) e Manuel Bandeira também já abordado.




Simultaneidade

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! 
Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

Mário Quintana


Poetas

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também!

Florbela Espanca


O último poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Gênero Literário: Romance Policial

Para fechar o mês de janeiro, cumpro com a minha promessa e dou início a série "Gênero Literário", com um dos mais populares do mundo: o Romance Policial.
Este gênero literário é caracterizado pela narrativa que gira entorno de um crime a ser resolvido, inicialmente parece não existir solução, porém um dos intuitos desse gênero é mostrar que não existe crime perfeito, ao decorrer do texto surgem à vista do leitor e do protagonista pistas e fatos que podem levar a solução. O protagonista em geral é um detetive, seja profissional ou amador. O antagonista é o criminoso que durante o enredo estará agindo para que não seja descoberto, isso faz com que entre em jogo o psicológico e a história dos personagens.
Edgar Allan Poe
Um dos primeiros expoentes foi o escritor Edgar Allan Poe, muito conhecido na verdade por suas histórias de terror. Poe escreveu "Assassinatos na Rua Morgue", "A Carta Roubada" e "O Mistério de Marie Rogêt", cujo detetive foi C. Auguste Dupin.
O romance policial tornou-se extremamente popular a partir do final do século XIX e  início do século XX, com Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes e com Agatha Christie, a Rainha do Crime cujo os personagens mais consagrados foram Hercule Poirot e Miss Marple.
 O gênero Romance Policial já foi encarado como sensacionalista e com pouco valor literário. Contudo é inegável dizer que esses livros se eternizaram no meio literário, digamos que a literatura não é a mesma sem esses personagens ilustres e de mentes brilhantes. Cada detetive tem métodos distintos como Sherlock Holmes com o método científico, mas em alguns pontos se interligam como o uso da observação, por exemplo.
Além dos autores já citados iriei citar apenas mais alguns pois são muitos: Raymond Chandler, Dashiell Hammett e Humberto Eco. No Brasil, Jô Soares, Rubem Fonseca e na literatura infanto-juvenil: Pedro Bandeira. 
Agatha Christie
Opinião pessoal: a Literatura Policial é muito extensa e escrevo de que ela chega a ser viciante, porém é claro com o cuidado com as dosagens e formas como analisamos cada obra. Primeiro, não devemos encara-los de olhos fechados, não pense que a criação desse tipo de livro pode ser feita apenas por um grupo seleto de escritores, pelo contrário, uma dosagem de inteligência, observação e saber interligar os fatos não tornam esses autores inumanos. A graça da leitura desses livros é justamente tentar descobrir o final ao decorrer das páginas, mostrar a nós mesmos que também temos mentes aguçadas.
Confesso que sou muito fã de Conan Doyle, adoro Edgar Allan Poe e Agatha Christie. Porém ultimamente tenho me desapontado um pouco com esse gênero, quando se lê muito e passa-se a analisar criticamente parece que a cada novo caso, os desfechos não são mais tão surpreendentes e que não são façanhas de poucos. O próprio Holmes falou em um dos seus casos o que era necessário para ser um bom detetive: observação, dedução e conhecimento. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

A mente mais brilhante do mundo


Sherlock Holmes, o maior detetive da ficção de todos os tempos e uma das maiores figuras 
da literatura universal. Afinal de contas quem nunca ouviu falar nesse nome tão ilustre de 
um detetive consultor que na maioria das vezes fazia de suas armas apenas a observação, 
a dedução e o conhecimento?
Sherlock Holmes e o doutor John Watson são personagens criados pelo escritor e médico 
britânico Sir Arthur Conan Doyle, primeiramente para a história "Um Estudo em Vermelho". 
Com o tempo as histórias desta dupla ficaram tão populares que depois da morte do autor, muitos outros escritores começaram a criar novas histórias para preencher o hiato que fora deixado. Para que se pudesse distinguir as histórias desses autores das originais criadas por Conan Doyle, foram reuniram todos os textos no famoso cânone sherlockiano. Nele estão presentes além do "Um Estudo em Vermelho" mais três romances: "O Signo dos Quatro", "O Cão dos Baskervilles" e o "Vale do Terror" e cerca de 56 contos, totalizando 60 casos.
Dono de uma personalidade excêntrica, Sherlock Holmes era solitário, um tanto pouco 
arrogante e muito inteligente. Seus disfarces eram perfeitos. Quase sempre era dominado 
pela razão invés dos sentimentos. Possuía um vasto conhecimento em vários campos  
como por exemplo História e Química. Lutava boxe, sabia manejar alguns tipos de armas 
como bastões e espada. Nas horas vagas gostava de tocar violino. De acordo com Watson, 
seu amigo era dono de uma força que não parecia lhe pertencer. 
 Muitas vezes Holmes nem sequer saía de sua residência para resolver os casos, podia 
passar dias trancado em seu quarto em um apartamento que dividiu por um longo tempo 

com Watson na 221B Baker Street em uma Londres transitória do século XIX ao XX. 
 O médico John Watson é o narrador de todas as histórias escritas, e até o que se sabe o único e melhor amigo de Holmes.
Para criar o detetive o autor baseou-se em Joseph Bell, seu professor nos tempos de faculdade.
O universo de Sherlock Holmes vai além das páginas dos livros, ganhando espaço em outras artes, não é a toa que é o personagem fictício que mais teve adaptações para cinema, teatro, televisão e rádio.
 Ontem, estreiou nos cinemas brasileiros: "Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras" , de Guy Ritchie. Estrelando Robert Downey Jr. como o personagem título e Jude Law como Dr. Watson. Mais uma nova releitura de dois personagens que há muito tempo continuam 
conquistando diversas gerações.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um pouco de poesia - Manuel Bandeira

Para começar o ano resolvi escrever um pouco sobre Manuel Bandeira, um dos percussores e um dos maiores nomes da poesia modernista brasileira. Nascido em 1886 no Recife e faleceu em 1968 no Rio de Janeiro. Inicialmente teve influências simbolistas e parnasianas, muito marcantes em seu livro de estreia "A Cinza das Horas". Seu segundo livro "Carnaval" trouxe marcas do novo movimento que surgia e que se manteve nos livros seguintes , o Modernismo. Uma de suas maiores características foi o lirismo e era um verdadeiro mestre nos versos livres. Escrevia sobre o amor, a morte e o cotidiano sempre com um tom de melancolia acompanhado de ironia e um toque de angústia e amargura.
Confira duas poesias de Manuel Bandeira:


Poética

Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja 
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.


Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!!
Qualquer forma de amor vale amar!