quarta-feira, 13 de julho de 2011

Das páginas dos livros para as telas do cinema

 O sucesso de um livro acaba por ser tornar inegável a partir do momento que é levado para as telas do cinema. Cada vez mais os cineastas tornam os livros os seus roteiros, e nós leitores muitas vezes já pensamos quase que automaticamente que grande parte dos livros considerados bem vendidos ou aqueles que tenham destaque no meio literário já estão garantidos como filmes.
 Escrevo isso por experiência própria, já perdi a conta de filmes baseados em livros que assisti. Em algum momento, nós leitores concordamos que por mais que o filme seja bom, nunca chega aos pés do livro. O filme acaba por se tornar um simples resumo da história em nossas mãos.
 As adaptações variam em sua forma, sejam totalmente leais ao seu texto original ou que contenham apenas alguns traços desta e que acabam por vezes criando uma nova história. Também podem ter grandes bilheterias ou serem grandes fracassos de crítica e público.
 Uma das primeiras filmagens foi “Nosferatu”, a primeira adaptação de Drácula (escrito por Bram Stoker) e também não autorizada, em razão disso o diretor teve que realizar uma série de modificações, inclusive no nome do personagem. Depois desta fase, já com autorização dos herdeiros de Stoker surgiram diversas adaptações ao decorrer dos anos, as mais memoráveis são: a versão de 1931 com Bèla Lugosi, a versão de Ford Coppola em 1992, intitulada “Drácula de Bram Stoker”, e “Van Helsing, O Caçador de Monstros” (um exemplo de que o livro acabou por ser apenas uma base).
 As infindáveis adaptações das aventuras de Hercule Poirot, detetive criado por Agatha Christie e de Sherlock Holmes de Conan Doyle.
 As atuações de Vincent Price em adaptações de contos de Edgar Allan Poe.
 Os filmes nacionais como “Meu Pé de Laranja Lima”, “O Primo Basílio”, “O Xangô de Baker Street” e “Vida de Menina”, este último com o título original, “Minha Vida de Menina”.
 Aqueles que não obtiveram bilheteria e/ou grande aceitação dos leitores como “Percy Jackson”, “Eragon” e “Coração de Tinta”.
 Até mesmo a vida dos autores vira roteiro, como por exemplo, “Em Busca da Terra do Nunca”.
 Passando por “Crepúsculo”, “Marley e Eu”, “O Menino do Pijama Listrado”, “O Caçador de Pipas”, “As Crônicas de Nárnia”, “Eu, Robô”, ”Alice no País das Maravilhas”, “O Conde de Monte Cristo”, “Hamlet”, “Entrevista com o Vampiro”, “A Bússola Dourada”, “Desventuras em Série”, “O Código da Vinci”,” Anjos e Demônios”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e tantos outros.
 E por último os inesquecíveis “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, marcados eternamente como grandes livros e filmes, e com uma legião de fãs que continuará a se manter através dos séculos.
 O sucesso é apenas uma pequena parcela daquilo que um autor pode receber pelo seu trabalho, mas é óbvio que se a obra não tiver o seu devido reconhecimento perante o público não quer dizer seja ruim, um livro não pode jamais ser avaliado em sua totalidade no número de exemplares vendidos, mas pelo o que está escrito em suas páginas, porque também às vezes um bom livro é considerado assim apenas nas mãos de poucas pessoas que conseguiram ver o seu real valor.
 Não perca o último filme da saga “Harry Potter” neste mês. Em outubro a mais nova versão dos famosos “Os Três Mosqueteiros”. Ano que vem, em janeiro, as atuações de Robert Downey Jr. e Jude Law com os respectivos Sherlock Holmes e Dr. Watson na continuação cinematográfica dirigida por Guy Ritchie, “Sherlock Holmes 2: A Game of Shadows”. Em março, o filme baseado nos últimos dias de vida de Edgar Allan Poe, o eterno Mestre do Terror, no misterioso “The Raven”. Em dezembro do mesmo ano a primeira parte da história antecessora de “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O que penso sobre vampiros

Béla Lugosi como Drácula
Um dos temas que está mais em alta ultimamente são os vampiros na literatura e na cultura contemporânea. Com sinceridade, gosto muito deste tema, agora, por favor, esqueça a saga “Crepúsculo”, não estou me referindo a ela e também não gosto desta.
A saga Crepúsculo em minha opinião, é claro, estragou a lenda do vampiro e não contente estragou também a lenda do lobisomem. Primeiro essa idéia que vampiro brilha no sol e pode ser vegetariano, isso não existe! O pior é que as pessoas estão esquecendo que vampiro é um ser sombrio, em algum caso demoníaco.
Muitas fãs de Crepúsculo e outras séries que vão à mesma direção, vivem falando que adoram vampiros e lobisomens, porém na maioria das vezes, elas gostam apenas destas sagas e não tem dimensão que estas duas lendas são muito maiores do que possam imaginar.
Quando me refiro aos vampiros estou querendo me referir ao Drácula de Bram Stoker (que parece meio esquecido hoje em dia), Anne Rice, André Vianco, e outros autores que já haviam abordado este tema; no cinema com Nosferatu, Béla Lugosi (Considerado o maior interprete de Drácula no cinema), Blade, o Caçador de Vampiros, Anjos da Noite; seriados como Dark Shadows(que agora irá se tornar filme pelas mãos do genial Tim Burton); até mesmo bandas, como a banda italiana gótica Theatres des Vampires; animes e mangás como Vampire Knight, enfim toda a subcultura vampiresca.
Estou escrevendo tudo isso para que ninguém esqueça o que são os vampiros verdadeiramente. Porque toda a reviravolta que está acontecendo pode infelizmente modificar e muito a lenda do vampiro. E por favor, se uma pessoa falar que gosta deles, não pense automaticamente no Crepúsculo, a no ser que esta pessoa goste deste livro, que não é o meu caso. Olhe, eu não tenho nada contra a essa saga, e que esta fique no seu canto, podem contar com o meu respeito, mais quero que quando eu falar que gosto de vampiros as pessoas se lembrem dos exemplos que dei a cima ou até mesmo de outros. E aos meus leitores que gostam deste tema, já pararam para se perguntarem na dimensão desta lenda, em tudo que a complementa se realmente continuam gostando? Se a resposta for positiva, muito prazer, encontrou uma pessoa como você, ah já escutou alguma música do Theatres des Vampires, eu adoro essa banda...