O sucesso de um livro acaba por ser tornar inegável a partir do momento que é levado para as telas do cinema. Cada vez mais os cineastas tornam os livros os seus roteiros, e nós leitores muitas vezes já pensamos quase que automaticamente que grande parte dos livros considerados bem vendidos ou aqueles que tenham destaque no meio literário já estão garantidos como filmes.
Escrevo isso por experiência própria, já perdi a conta de filmes baseados em livros que assisti. Em algum momento, nós leitores concordamos que por mais que o filme seja bom, nunca chega aos pés do livro. O filme acaba por se tornar um simples resumo da história em nossas mãos.
As adaptações variam em sua forma, sejam totalmente leais ao seu texto original ou que contenham apenas alguns traços desta e que acabam por vezes criando uma nova história. Também podem ter grandes bilheterias ou serem grandes fracassos de crítica e público.
Uma das primeiras filmagens foi “Nosferatu”, a primeira adaptação de Drácula (escrito por Bram Stoker) e também não autorizada, em razão disso o diretor teve que realizar uma série de modificações, inclusive no nome do personagem. Depois desta fase, já com autorização dos herdeiros de Stoker surgiram diversas adaptações ao decorrer dos anos, as mais memoráveis são: a versão de 1931 com Bèla Lugosi, a versão de Ford Coppola em 1992, intitulada “Drácula de Bram Stoker”, e “Van Helsing, O Caçador de Monstros” (um exemplo de que o livro acabou por ser apenas uma base).
As infindáveis adaptações das aventuras de Hercule Poirot, detetive criado por Agatha Christie e de Sherlock Holmes de Conan Doyle.
As atuações de Vincent Price em adaptações de contos de Edgar Allan Poe.
Os filmes nacionais como “Meu Pé de Laranja Lima”, “O Primo Basílio”, “O Xangô de Baker Street” e “Vida de Menina”, este último com o título original, “Minha Vida de Menina”.
Aqueles que não obtiveram bilheteria e/ou grande aceitação dos leitores como “Percy Jackson”, “Eragon” e “Coração de Tinta”.
Até mesmo a vida dos autores vira roteiro, como por exemplo, “Em Busca da Terra do Nunca”.
Passando por “Crepúsculo”, “Marley e Eu”, “O Menino do Pijama Listrado”, “O Caçador de Pipas”, “As Crônicas de Nárnia”, “Eu, Robô”, ”Alice no País das Maravilhas”, “O Conde de Monte Cristo”, “Hamlet”, “Entrevista com o Vampiro”, “A Bússola Dourada”, “Desventuras em Série”, “O Código da Vinci”,” Anjos e Demônios”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e tantos outros.
E por último os inesquecíveis “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, marcados eternamente como grandes livros e filmes, e com uma legião de fãs que continuará a se manter através dos séculos.
O sucesso é apenas uma pequena parcela daquilo que um autor pode receber pelo seu trabalho, mas é óbvio que se a obra não tiver o seu devido reconhecimento perante o público não quer dizer seja ruim, um livro não pode jamais ser avaliado em sua totalidade no número de exemplares vendidos, mas pelo o que está escrito em suas páginas, porque também às vezes um bom livro é considerado assim apenas nas mãos de poucas pessoas que conseguiram ver o seu real valor.
Não perca o último filme da saga “Harry Potter” neste mês. Em outubro a mais nova versão dos famosos “Os Três Mosqueteiros”. Ano que vem, em janeiro, as atuações de Robert Downey Jr. e Jude Law com os respectivos Sherlock Holmes e Dr. Watson na continuação cinematográfica dirigida por Guy Ritchie, “Sherlock Holmes 2: A Game of Shadows”. Em março, o filme baseado nos últimos dias de vida de Edgar Allan Poe, o eterno Mestre do Terror, no misterioso “The Raven”. Em dezembro do mesmo ano a primeira parte da história antecessora de “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”.