quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hoje quero...

Escrever no improviso. Ano que vem haverá novidades, pretendo lançar uma nova série para acompanhar o "Um pouco de poesia", depois de muito pensar decidir escrever sobre gêneros literários. A série ainda não tem nome, porém escolhi para começar a escrever com o gênero Romance Policial. Ano que vem ainda falarei sobre Sherlock Holmes, Edgar Allan Poe, o universo de J.R.R.Tolkien, Mangás, HQ's, alguns movimentos literários, e outros temas ao decorrer do ano.
Mudando um pouco de assunto. O "Meu Universo Literário" completou neste mês um ano de existência, para comemorar resolvi escrever um pouco sobre os meus gostos literários que talvez já sejam destacados indiretamente em todos as minhas postagens. Acho que o mais óbvio é que adoro a Literatura Brasileira, me entristeço com falta de valorização desta no próprio país. Um país com uma cultura tão rica se deixando ocultar em baixo das influências estrangeiras e da ignorância de muitos. Amo a poesia modernista, os sonhos do Simbolismo e o ar sombrio e imaginário do Romantismo.
Meus autores favoritos começando pelos poetas são: Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Cecília Meireles, Cassiano Ricardo, Álvares de Azevedo, Fernando Pessoa e Augusto dos Anjos. Entre os prosadores estão Clarice Lispector, Érico Veríssimo, Machado de Assis, Edgar Allan Poe, J.R.R.Tolkien, C.S.Lewis e Conan Doyle.
E para terminar os meus livros favoritos, "Meu Pé de Laranja Lima" de José Mauro de Vasconcelos, "Ciranda de Pedra" de Lygia Fagundes Telles, "Dom Casmurro" de Machado de Assis, "Coração de Tinta" de Cornélia Funke, "Água Viva" de Clarice Lispector, "O Xangô de Baker Street" de Jô Soares. Os contos: "A Pedra Mazarino"(Sherlock Holmes) de Conan Doyle, "O Poço e o Pêndulo", "O Barril de Amotillado", ambos de Edgar Allan Poe. As poesias: "Minha Desgraça" de Álvares de Azevedo, "Imemorial" de Cassiano Ricardo, "Idealismo" de Augusto dos Anjos e há tantas poesias de Carlos Drummond de Andrade que não é possível listá-las. Esta é a última postagem do ano, então até o ano que vem...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ler devia ser proibido

Sei que muitos leitores talvez já tenham lido esse texto, porém parece poder descrever tudo o que sentimos perante os livros. Decidi então publicá-lo no blog. Tenho certeza que todos os leitores irão gostar, uma vez que compreendemos aquilo que está nos livros, os nossos mundos paralelos, e no meu caso "meu universo".



LER DEVIA SER PROIBIDO
 Por Guiomar de Grammont

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, podem estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Arte de Correr na Chuva

Faz muito tempo que não escrevo sobre um livro, a última vez foi em fevereiro! Já é dezembro e não recomendei nenhum livro desde então!
Escolhi desta vez, "A Arte de Correr na Chuva" de Garth Stein. Uma história que facilmente encantará diversos leitores, principalmente os amantes dos cães.
A história é narrada na primeira pessoa e na voz do mais sincero dos seres, um cachorro chamado Enzo, que na velhice e muito próximo da morte passa a narrar toda a sua vida, sua trajetória, sonhos e todos aqueles que fizeram parte de sua história.
Apaixonado por Fórmula 1, gosto que adquiriu com o dono Denny, Enzo é tão apegado a ele que sonha poder em outra vida nascer como humano, podemos até dizer que é cão com uma alma humana.
Uma verdadeira prova de Amor e Lealdade, este romance mostra o quanto somos capazes de fazer por aquilo que amamos e lutar pelos sonhos e ideias.
 Para quem gostas de cães, Fórmula 1 e histórias marcantes que provocam a reflexão fica a dica para este início de dezembro para os que já estão de férias ou próximos desta.
 Ano de lançamento: 2008
 Editora: Ediouro
 Tradução: Elvira Serapicos
 O livro é um dos best-sellers do New York Times  

domingo, 27 de novembro de 2011

Sem temas hoje...


Já faz algumas semanas que convenci a mim mesma que precisava escrever com mais freqüência neste blog.  Por falta de tempo e talvez dependendo da ocasião a falta de inspiração e imaginação tenham-me atrapalhado durante esse processo.  Nas férias irei escrever com mais freqüência para o meu próprio bem e dos leitores. Hoje, é um desses dias que não tenho bem o que escrever e por estar nesta situação e com a decisão que de uma maneira ou outra iria publicar algo, decidi escrever um texto no improviso.
Ora, ora... Acabei de descobrir que andar sem caminho e na verdade encontrar um caminho. De sem temas, achei um tema para escrever. Talvez não esteja entendendo nada o que é mais provável, mas o tema é próprio improviso, o amigo de todo escritor que necessita de uma solução imediata ou que se encontra sem nada para fazer.   
Seria o improviso um meio de caminhar de olhos vendados ou de correr desesperadamente?  Seria uma forma de resolver nossos problemas ou às vezes de trazer mais problemas? Quem é escritor sabe o que é isso, ter a necessidade de escrever um texto urgentemente por razões profissionais como o jornalista, ou porque falta imaginação e é necessário continuar uma história inacabada ou porque não tem o que escrever mesmo, este último caso é do qual me encaixo neste momento.
Escrever no improviso pode ter dois lados, gerar textos incríveis que nem o próprio autor antes imaginaria escrever ou gerar textos que não são tão bons assim que são mais frutos da falta de inspiração do que o improviso.
Então caro leitor, o improviso tem te acompanhado muito ou você prefere andar sozinho até que a inspiração volte? 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um pouco de poesia - Cecília Meireles


Cecília Meireles é um dos maiores nomes da poesia do século XX. A época em que viveu é destacada pelo movimento Modernista, porém Cecília tinha influências não só deste movimento mais de diversos outros que antecederam a sua época, como por exemplo o Simbolismo, Romantismo entre outros, por isso não é possível  dizer em que escola literária pertenceu. Dona de um estilo de escrita único e marcante, é conhecida pelo seu lado intimista e lírico, abordava temas sobre a vida, a morte, o tempo, sentimentos e estados de espírito. Curiosidade: a poetisa nasceu no dia 07 novembro de 1901 e faleceu em 09 de novembro de 1964. De qualquer forma, parabéns, Cecília, sua memória sempre estará viva.


Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico, 
se permaneço ou me desfaço, 
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.



Reinvenção

A vida só é possível
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... - mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível
reinventada.

Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada, 
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva, 
fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível 
reinventada.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um por todos e todos por um!


Os Três Mosqueteiros é um clássico que já foi adaptado diversas vezes para o cinema, e agora está com uma nova versão, com a previsão de estréia para a metade deste mês. Um filme ousado, cheio de efeitos especiais, com grandes nomes no elenco e o primeiro em 3D.

O filme conta a história do jovem D'Artagnan que  vai a Paris em busca de  se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros. Chegando lá, após acontecimentos singulares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis.
O elenco conta com Logan Lerman como D'Artagnan; Matthew Macfadyen como Athos; Luke Evans como Aramis; Ray Stevenson como Porthos; Orlando Bloom como o Duque de Buckingham; e Christoph Waltz como Cardeal Richelieu. A direção é de Paul W. S. Anderson.
Vale a pena conferir essa nova versão de uma das histórias mais difundidas no mundo, escrita por Alexandre Dumas.
“ Um por todos e todos por um!”
  Confira o trailer do filme.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Literatura, Atualidade e Vulgarização

  Com o passar dos anos, pouco a pouco a Literatura ganha espaço para a grande população, é claro que está longe de abranger a todos, mas comparado com as décadas anteriores, a Literatura se popularizou.
Porém, como tudo tem um lado negativo, com a Literatura não seria diferente, o preço a pagar é a vulgarização. Primeiro, virou moda escrever livros. Segundo, muitos leitores não sabem ser leitores. Terceiro, as editoras publicam apenas o que convêm a elas, ou seja, aquilo que poderá dar dinheiro. A seguir irei explicar esses três pontos.
 Primeiro, ultimamente estão surgindo muitos autores que escrevem por dinheiro e fama, muitas vezes produzem textos de má qualidade e às vezes utilizando temáticas já existentes.
Segundo, muitos leitores tornam os livros desses autores em best-sellers, em modinhas. Às vezes pode ocorrer que o autor seja bom, mas os leitores, os "fãs" vulgarizam a sua obra.
 Terceiro, as editoras publicam livros que têm mais chances de serem bem vendidos, ou seja, livros best-sellers nem sempre são equivalentes a qualidade.
 Esses três pontos estão sempre interligados, um não existe sem o outro. E nós, admiradores da "Arte de Escrever" somos obrigados a ficar no meio de todo esse conflito, se não formos nós, quem irá manter a Arte?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quem foi o primeiro escritor nascido brasileiro?


Gregório de Matos
 Muitos estudiosos relatam que o Padre José de Anchieta é considerado o primeiro escritor brasileiro, contudo ele não é nascido aqui, é considerado “brasileiro” porque viveu um longo tempo em terras brasileiras e boa parte de sua produção literária foi feita aqui.
 Com exceção da literatura informativa, a literatura brasileira surgiu na Era Barroca no século dezesseis, porém tinha uma forma muito parecida com a literatura portuguesa. O Brasil sendo uma colônia de Portugal não tinha uma plena autonomia literária, sendo que os escritores nascidos aqui tinham a nacionalidade portuguesa, hoje são considerados brasileiros, mas por valores históricos e para não causar confusões fazem parte do grupo de escritores ditos luso-brasileiros, que são escritores com descendência portuguesa ou que nasceram em Portugal, mas que viveram um tempo significativo no Brasil.
 Então quem é o primeiro escritor nascido brasileiro?
 Alguns estudiosos alegam ser Gregório de Matos, este foi o maior representante de sua geração, ainda há Bento Teixeira, autor de "Prosopopéia", que é o primeiro marco da literatura brasileira, e também Manuel Botelho de Oliveira autor de “Música do Parnaso”, o primeiro livro impresso por um escritor brasileiro. Contudo Gregório de Matos não publicou nenhuma obra em vida e a biografia de Bento Teixeira é muito confusa e vaga, por isso há muitas dúvidas sobre suas datas de nascimento e morte e sobre sua nacionalidade, muitos alegam ser português (como se encontra em muitas biografias), mas existem hipóteses que possa ser brasileiro.

Algumas comparações:

Datas de nascimento e morte:

Bento Teixeira: (varia de 1545 a 1565; varia de 1600 a 1618)
Gregório de Matos: (1633 ou 1636; 1695)
Manuel Botelho de Oliveira: (1636; 1711)

 Como podemos analisar as datas referentes a Bento Teixeira são incertas, mas uma certeza é que este morreu antes do nascimento de Gregório de Matos e de Manuel  Botelho de Oliveira, estes dois últimos nasceram numa mesma época, mas como já foi dito Matos não publicou nenhuma obra em vida e Botelho foi o primeiro brasileiro a publicar um livro .
 Existem vários estudos em volta da vida de Teixeira, mas até que se encontre uma resposta para a sua nacionalidade (se é que existe uma resposta definitiva), ainda será uma incógnita a resposta da nossa pergunta. Para você leitor, quem é o primeiro escritor nascido no Brasil?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um pouco de poesia - Augusto dos Anjos


Quando comecei a escrever neste blog uma de minhas intenções era divulgar a literatura em suas várias formas, mas de certa maneira já tinha em mente de dar um certo destaque a literatura brasileira, uma das minhas preferidas, porém tão esquecida e pouco valorizada atualmente pelos seus conterrâneos. Em uma das minhas primeiras postagens coloquei algumas poesias de Carlos Drummond de Andrade, um dos poetas brasileiros mais talentosos e do qual gosto muito. Agora seguindo o plano de divulgar a literatura brasileira, esta na vez de Augusto dos Anjos, poeta extraordinário e cujo dom de poetar não fora reconhecida em vida, mas como muitos outros escritores foi apenas reconhecido em morte. Tendo um estilo único, é considerado um poeta pré-mordenista, porém com fortes influências simbolistas. Dono de personalidade excêntrica e muitas vezes doente, até hoje é conhecido como "O Poeta do Pessimismo", suas poesias chocaram a sociedade de sua época. Confira abaixo "Versos Íntimos", a sua poesia mais conhecida e "Idealismo", a minha favorita. 

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
  O Homem, que, nesta terra miserável,
  Mora, entre feras, sente inevitável
 Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
  O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
  A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
  Apedreja essa mão vil que te afaga,
 Escarra nessa boca que te beija!


Idealismo

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!




quarta-feira, 13 de julho de 2011

Das páginas dos livros para as telas do cinema

 O sucesso de um livro acaba por ser tornar inegável a partir do momento que é levado para as telas do cinema. Cada vez mais os cineastas tornam os livros os seus roteiros, e nós leitores muitas vezes já pensamos quase que automaticamente que grande parte dos livros considerados bem vendidos ou aqueles que tenham destaque no meio literário já estão garantidos como filmes.
 Escrevo isso por experiência própria, já perdi a conta de filmes baseados em livros que assisti. Em algum momento, nós leitores concordamos que por mais que o filme seja bom, nunca chega aos pés do livro. O filme acaba por se tornar um simples resumo da história em nossas mãos.
 As adaptações variam em sua forma, sejam totalmente leais ao seu texto original ou que contenham apenas alguns traços desta e que acabam por vezes criando uma nova história. Também podem ter grandes bilheterias ou serem grandes fracassos de crítica e público.
 Uma das primeiras filmagens foi “Nosferatu”, a primeira adaptação de Drácula (escrito por Bram Stoker) e também não autorizada, em razão disso o diretor teve que realizar uma série de modificações, inclusive no nome do personagem. Depois desta fase, já com autorização dos herdeiros de Stoker surgiram diversas adaptações ao decorrer dos anos, as mais memoráveis são: a versão de 1931 com Bèla Lugosi, a versão de Ford Coppola em 1992, intitulada “Drácula de Bram Stoker”, e “Van Helsing, O Caçador de Monstros” (um exemplo de que o livro acabou por ser apenas uma base).
 As infindáveis adaptações das aventuras de Hercule Poirot, detetive criado por Agatha Christie e de Sherlock Holmes de Conan Doyle.
 As atuações de Vincent Price em adaptações de contos de Edgar Allan Poe.
 Os filmes nacionais como “Meu Pé de Laranja Lima”, “O Primo Basílio”, “O Xangô de Baker Street” e “Vida de Menina”, este último com o título original, “Minha Vida de Menina”.
 Aqueles que não obtiveram bilheteria e/ou grande aceitação dos leitores como “Percy Jackson”, “Eragon” e “Coração de Tinta”.
 Até mesmo a vida dos autores vira roteiro, como por exemplo, “Em Busca da Terra do Nunca”.
 Passando por “Crepúsculo”, “Marley e Eu”, “O Menino do Pijama Listrado”, “O Caçador de Pipas”, “As Crônicas de Nárnia”, “Eu, Robô”, ”Alice no País das Maravilhas”, “O Conde de Monte Cristo”, “Hamlet”, “Entrevista com o Vampiro”, “A Bússola Dourada”, “Desventuras em Série”, “O Código da Vinci”,” Anjos e Demônios”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e tantos outros.
 E por último os inesquecíveis “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, marcados eternamente como grandes livros e filmes, e com uma legião de fãs que continuará a se manter através dos séculos.
 O sucesso é apenas uma pequena parcela daquilo que um autor pode receber pelo seu trabalho, mas é óbvio que se a obra não tiver o seu devido reconhecimento perante o público não quer dizer seja ruim, um livro não pode jamais ser avaliado em sua totalidade no número de exemplares vendidos, mas pelo o que está escrito em suas páginas, porque também às vezes um bom livro é considerado assim apenas nas mãos de poucas pessoas que conseguiram ver o seu real valor.
 Não perca o último filme da saga “Harry Potter” neste mês. Em outubro a mais nova versão dos famosos “Os Três Mosqueteiros”. Ano que vem, em janeiro, as atuações de Robert Downey Jr. e Jude Law com os respectivos Sherlock Holmes e Dr. Watson na continuação cinematográfica dirigida por Guy Ritchie, “Sherlock Holmes 2: A Game of Shadows”. Em março, o filme baseado nos últimos dias de vida de Edgar Allan Poe, o eterno Mestre do Terror, no misterioso “The Raven”. Em dezembro do mesmo ano a primeira parte da história antecessora de “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O que penso sobre vampiros

Béla Lugosi como Drácula
Um dos temas que está mais em alta ultimamente são os vampiros na literatura e na cultura contemporânea. Com sinceridade, gosto muito deste tema, agora, por favor, esqueça a saga “Crepúsculo”, não estou me referindo a ela e também não gosto desta.
A saga Crepúsculo em minha opinião, é claro, estragou a lenda do vampiro e não contente estragou também a lenda do lobisomem. Primeiro essa idéia que vampiro brilha no sol e pode ser vegetariano, isso não existe! O pior é que as pessoas estão esquecendo que vampiro é um ser sombrio, em algum caso demoníaco.
Muitas fãs de Crepúsculo e outras séries que vão à mesma direção, vivem falando que adoram vampiros e lobisomens, porém na maioria das vezes, elas gostam apenas destas sagas e não tem dimensão que estas duas lendas são muito maiores do que possam imaginar.
Quando me refiro aos vampiros estou querendo me referir ao Drácula de Bram Stoker (que parece meio esquecido hoje em dia), Anne Rice, André Vianco, e outros autores que já haviam abordado este tema; no cinema com Nosferatu, Béla Lugosi (Considerado o maior interprete de Drácula no cinema), Blade, o Caçador de Vampiros, Anjos da Noite; seriados como Dark Shadows(que agora irá se tornar filme pelas mãos do genial Tim Burton); até mesmo bandas, como a banda italiana gótica Theatres des Vampires; animes e mangás como Vampire Knight, enfim toda a subcultura vampiresca.
Estou escrevendo tudo isso para que ninguém esqueça o que são os vampiros verdadeiramente. Porque toda a reviravolta que está acontecendo pode infelizmente modificar e muito a lenda do vampiro. E por favor, se uma pessoa falar que gosta deles, não pense automaticamente no Crepúsculo, a no ser que esta pessoa goste deste livro, que não é o meu caso. Olhe, eu não tenho nada contra a essa saga, e que esta fique no seu canto, podem contar com o meu respeito, mais quero que quando eu falar que gosto de vampiros as pessoas se lembrem dos exemplos que dei a cima ou até mesmo de outros. E aos meus leitores que gostam deste tema, já pararam para se perguntarem na dimensão desta lenda, em tudo que a complementa se realmente continuam gostando? Se a resposta for positiva, muito prazer, encontrou uma pessoa como você, ah já escutou alguma música do Theatres des Vampires, eu adoro essa banda...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aos meus caros poetas




No dicionário Michaelis é definida assim: po.e.si.a
sf (gr poíesis+ia1) 1 Arte de escrever em verso. 2 Conjunto das obras em verso escritas numa língua. 3 Cada um dos gêneros poéticos. 4 Composição poética pouco extensa; pequeno poema. 5 Qualidades que caracterizam os bons versos. 6 Caráter do que desperta o sentimento do belo; inspiração. 7 Elevação nas idéias, no estilo. 8 Atrativo, graça, encanto. P. anacreôntica: aquela em que se canta o amor e o vinho. P.-de-sete: Lit pop estrofe de sete versos heptassílabos, com o esquema rimático ABCBDDB; obra-de-sete-pés. Pl: poesias-de-sete. P. do estilo: animação, colorido, riqueza, em verso ou em prosa. P. muda: a pintura.
Porém a poesia está muito além de seu significado morfológico, principalmente para o poeta, dominador desta arte. É uma das formas mais expressivas de interligar Sentimento e Arte, pois uma das razões de ser da arte é o sentimento, independente de qual seja. Um poema pode ser tornar um mundo interior de seu autor.
A poesia se divide entre diversos tipos e gêneros: Soneto, Elegia, Epopéia, entre outros.
Sua estrutura é dividida em versos e estrofes. Antigamente era algo muito definido, muito cheio de normas, formado muitas vezes por um determinado número de versos e estrofes, e sílabas métricas. A partir do Modernismo, os poetas começam a quebrar a tradicional estrutura poética, é a partir desta época que surgem os versos livres.  No Concretismo perdeu totalmente o segmento das normas, ganhando formas inusitadas. Atualmente a liberdade permanece mais forte do que nunca, pois o que realmente importa é o que poeta irá transmitir através desta.
Então para os poetas e poetisas que possam ler esta postagem, nunca deixem se influenciar pelos outros na hora de escrever, pois a Arte verdadeira é aquela que criamos por nós mesmos e nunca pelo o que os outros podem achar ou criticar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

“Harry Potter”, o marco de uma geração

Quando falamos de literatura contemporânea é quase impossível não citar J. K. Rowling, autora da tão famosa e aclamada série Harry Potter, é inegável dizer que tem um talento muito prestigiado e uma obra realmente encantadora e chamativa.
Porém o foco desta postagem, é que a série está para terminar. Bom, na verdade a saga literária já terminou, mas para os fãs só irá realmente terminar quando ocorrer o lançamento do último filme, o tão esperado “Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2”. Então para quem é fã, que tal já ir recordando seus personagens e partes prediletos, pois o que Rowling conseguiu fazer foi uma infinidade de personagens com personalidades e histórias diferentes, fazendo com que todos pudessem se identificar com um deles ou apenas admirá-lo profundamente, ou também de conseguir criar uma história tão complexa e chamativa, que bem nas entrelinhas pode sim ter alguma interligação conosco, que somos apenas simples expectadores, mas é claro que isso só é possível com observação e imaginação. Porque também a vida não teria graça alguma se vivêssemos apenas de nossa própria realidade.
Então, qual ou quais são seus personagens prediletos? E qual é o seu livro ou filme preferido da série? Essas respostas todos já possuem, pense também na influência que estes tiveram ou ainda tem em sua vida. Por exemplo, acredito que todos tenham aprendido alguma lição com o professor Dumbledore, se emocionado com outro personagem ou até mesmo sentido raiva. Então caro leitor, a série pode estar para terminar, mas sempre lembre tudo isso que acabou de recordar e mais um pouco que talvez tenha faltado durante a leitura de minha postagem, pois deste modo “Harry Potter” nunca será esquecido, sempre terão seus fãs e continuaram a encantar as gerações que virão depois da nossa. É o fim de toda uma geração, a geração potteriana.

domingo, 22 de maio de 2011

Sonho de Escritor


O sonho de todo escritor é receber reconhecimento pela sua obra, pela influência que pôde ter dado a cultura de um país, região ou até mesmo o mundo inteiro. Às vezes apenas basta publicar a sua obra, não é necessária a critica, apenas basta saber que fez a sua parte para melhorar nem que seja um pouco o mundo decadente em que vivemos.
Escritor é um artista que domina o mundo das palavras, do imaginário. A fama e o dinheiro não são o mais importante, pois ambos são passageiros, a fama é algo muito fácil de esquecer e o dinheiro é a pior invenção que o homem poderia ter inventado.
 Os livros são mundos inventados, muitas vezes mais reais do que o próprio mundo de verdade, pois esse mundo em que vivemos é muito escasso e ao mesmo tempo demasiado de histórias, sentimentos e valores. É certo de que todos nós sempre sentimos que falta algo em nossas vidas patéticas e realistas demais.  A arte surgiu nesta busca de completar a vida do homem, mas é claro que também veio como um relato histórico da época que foi criada, uma critica a sociedade, a busca do belo ou até mesmo daquilo que é desagradável.
  Escritor nenhum tem o direito de usar as mesmas ideias de outro escritor, isso é plena e destacável falta de imaginação. O mercado editorial sempre dá foco para autores que tenham chance de serem bem vendidos, não se importam com talento ou com a arte. Pare para observar, quando entramos numa livraria os livros em destaque na maioria das vezes são Best-sellers e muitos têm uma mesma temática. Onde está a valorização da literatura!? Onde estão os verdadeiros escritores?
 Se é para termos escritores, que sejam talentosos, revolucionários, méritos de terem um espaço na história da Literatura. Então para isso, devemos rever nossos conceitos do que a arte, valorizar aquilo que deve ser valorizado, zelarmos para que livros bons não se transformem em modinhas e percam parte de seu valor e fazermos com que escritores de verdade ganhem seu espaço para mostrar ao mundo a sua arte.

sábado, 30 de abril de 2011

Clássicos X Best-Sellers

Livros Clássicos são livros de grande valor cultural tanto na literatura de um país ou também mundialmente. Muitas vezes as histórias destes livros transmitiram a realidade da sociedade na época que foram publicadas, contém influências históricas e psicológicas por parte dos lugares e personagens retratados. Exemplos: Dom Quixote, Os Sofrimentos do Jovem Werther, Guerra e Paz, Madame Bovary e vários outros.
 Os livros considerados Best-Sellers são literalmente os mais vendidos, ou seja, têm um grande apelo popular, isso pode abranger diversos gêneros até mesmo livros técnicos e de auto-ajuda (que de longe não são livros literários). Exemplos: Harry Potter, O Caçador de Pipas, A Menina que Roubava Livros etc.
  Agora quais são os melhores os Clássicos ou os Best-Sellers?
  Não irem defender nada e nem ninguém, porque afinal de contas sou suspeita para falar já que adoro os livros Clássicos, mas também gosto de vários livros ditos Best-Sellers.
 Nem sempre um Best-Seller é realmente um bom livro, exemplo disso são autores que escrevem em cima de temáticas já existentes porque sabem que podem conseguir sucesso com facilidade, esse tipo de escritor tem uma grande falta de imaginação e geralmente só querem ganhar em cima disso, na verdade eles nem deveriam ter a honra de chegarem a terem um grande público leitor. A Literatura é uma Arte e não foi feita para ganhar dinheiro e fama. Escritor de verdade ganha reconhecimento e é totalmente diferente de fama, pois fama é algo passageiro e fácil de esquecer diferente de reconhecimento quando se é lembrado por algo de importância que tenha feito.
 Porém não podemos esquecer que muitos livros hoje considerados Clássicos no seu tempo de lançamento também foram como “Best-Sellers”. E quem sabe daqui algum tempo alguns Best-Sellers de hoje possam ser considerados Clássicos.  diversos gêneros atter pode abranger diversos g na ivros der a a
 diversos gêneros atter pode abranger diversos g na ivros der a a

sábado, 2 de abril de 2011

Clarice Lispector


É uma das maiores representantes da literatura nacional, com uma visão diferenciada sobre o mundo e um estilo literário único, intimista e profundo.
Há pessoas que alegam não entenderem Clarice Lispector, a resposta para isso é que Lispector escrevia mais para si mesma do que para os outros, por essa razão é de difícil entendimento para muitos.  Para ela, escrever era sinônimo de vida, de encontrar uma razão para esta.
Clarice não é apenas um mistério para os fãs, era um mistério para si mesma.
Sua obra literária além de enigmática e única também é revolucionária e marcante.
Alguns livros: “Perto do Coração Selvagem” (seu livro de estreia); “Laços de Família”; “Água Viva”;” Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres”; “A Paixão Segundo G.H.”; “ A Hora da estrela” Um Sopro de Vida (Pulsações)”.
Aqui vão algumas frases desta grande escritora, talvez elas digam melhor do que eu tentei escrever nestas poucas palavras:
“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever”

“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.”

“O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.”

domingo, 6 de março de 2011

Personagens e suas marcas

É comum que diversos personagens da ficção chamem atenção do público, seja por serem carismáticos ou até mesmo antipáticos, que tenham personalidades fortes ou excêntricas, ou por outras características.
 Na verdade quando gostamos de um personagem é porque de alguma forma somos parecidos com eles e/ou admiramos, ou de certa forma gostaríamos de ser um pouco parecidos com estes.
 A ficção transmite muitas vezes mesmo parcialmente personagens que de alguma forma existem na realidade, pois afinal todos nós temos um pouco de heróis, anti-heróis e vilões.
 Ultimamente tenho analisado meus personagens preferidos, percebi que nem sempre são os protagonistas da história e alguns são verdadeiros anti-heróis e que de alguma forma sou parecida com eles. Isso me faz acreditar que os personagens despertam curiosidade e admiração e que nos deixam marcas de suas personalidades e de seus atos, inconscientemente sabemos que parecemos com eles e que somos todos imperfeitos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O xângo de Baker Street


Seguindo a mesma reta do texto anterior, o livro da vez é “O Xângo de Baker Street” de Jô Soares, este já foi um dos grandes Best-sellers nacionais. É uma mistura da História Brasileira e de ficção.
Em formato de romance policial, tem um ar descontraído e cômico. A história gira em torno de dois crimes interligados, o primeiro é de um roubo de um violino Stradivarius de grande valor, outro é do suposto primeiro Serial Killer da História. Jô Soares soube construir uma ponte entre o que foi real e o ficcional, exemplo disso foi citação de fatos históricos e de personagens reais como D. Pedro II, Chiquinha Gonzaga, e Olavo Bilac e da ficção mostrando uma face imperfeita de um dos maiores de detetives do mundo, Sherlock Holmes e seu inseparável amigo doutor John Watson.

O Brasil Leitor


O Brasil não é um país leitor, demorará a ser.
É notável que muitos daqueles que tem o hábito da leitura, tem a preferência por livros estrangeiros e Best-sellers  que nem sempre tem uma boa qualidade, isso não é plenamente negativo ou um erro, as pessoas lêem o que elas bem entenderem.
O problema que acontece com frequência é que brasileiros alegam que os livros nacionais não lhe interessam e que a literatura de nosso país precisa de novos autores.
Isso não é verdade, o Brasil tem uma grande diversidade de autores talentosos, somos nós que não sabemos dar valor ao que temos.
Porém, o maior problema é a falta de incentivo a leitura. Livro é que nem filme, todos gostam de um gênero e ninguém gosta de todos os que existem.
VIVA A LITERATURA BRASILEIRA!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rosamundo e os Outros


"Rosamundo e os Outros" de Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), este é um daqueles livros deliciosos de se ler a qualquer hora. É um conjunto de crônicas onde muitas vezes o protagonista é o próprio Rosamundo, um homem carioca normal..., não é bem assim, seria normal se não fosse por um fato: a distração de Rosamundo, este é tão distraído que nasceu de 10 meses, havia esquecido de nascer; teve várias profissões e não permaneceu em nenhuma, por exemplo foi jóquei, mas em sua primeira corrida saiu com cavalo para o lado oposto, foi investigador policial, prendeu o delegado e soltou um criminoso. Sua distração já lhe colocou em tantas encrencas que não é possível listá-las aqui.
Este é o terceiro livro de uma série, os outros são: Tia Zulmira; e Primo Altamirando e Elas; contudo ainda não tive a oportunidade de lê-los.
Rosamundo e Outros é um livro capaz de melhorar o humor de qualquer pessoa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um Estudo em Vermelho

Sir Arthur Conan Doyle
Para os fãs de romances policiais ou para aqueles que desejam ler algum, aqui vai uma ótima recomendação: "Um Estudo em Vermelho" de Sir Arthur Conan Doyle. Esta é a primeira aventura de umas das duplas mais famosas da literatura mundial, Sherlock Holmes e seu inseparável amigo Dr. John Watson.
 Holmes é detetive consultor, de personalidade excêntrica, é inteligente, solitário e muitas vezes arrogante, um homem que quase sempre tem a razão a frente dos sentimentos. As soluções dos casos que resolveu se baseiam muitas vezes em observações e deduções. Mas é claro que Sherlock não seria como conhecemos se não fosse pelo Dr. Watson, quase sempre presente em todos os casos, aliás ele que narra as aventuras da dupla.
Para quem se interessar pelas aventuras desta dupla, Conan Doyle escreveu outros três romances: " O Signo dos Quatro", "O Cão dos Baskervilles" e "O Vale do Terror", e diversos contos.